Uma grande obra pode se tornar um problema para síndicos e condôminos, mas muitas vezes isso pode ser evitado com a boa e velha manutenção. E você conhece os tipos de manutenção que podem ser feitos nos condomínios? São eles: preditivo, preventivo e corretivo.
Segundo o engenheiro civil Mário Filippe de Souza, é possível economizar dinheiro se tudo for acompanhado de perto por um profissional. “As manutenções preditiva e preventiva minimizam drasticamente os custos da manutenção corretiva. Além disso, elas causam menos transtorno aos condôminos e, consequentemente, ao síndico”.
Para o engenheiro, as áreas do condomínio que merecem mais atenção são pilares, vigas, lajes, paredes estruturais e fachadas. As instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telhados, piscinas e pisos também precisam de inspeção constante.
Cláudio Luiz Skroch, engenheiro especialista em estruturas e diagnósticos, orienta que o síndico responsável conheça bem a edificação, incluindo todas as atividades que afetam a qualidade de vida dos moradores. “Podemos relacionar as áreas dos condomínios como mais significativas: as instalações hidrossanitárias, que têm papel importante no sistema de encaminhamento de dejetos como esgoto, caixa de gordura e água pluvial”, aponta.
Outro item que merece destaque são as fachadas, pois com o passar do tempo há um desgaste natural decorrente da degradação causando anomalias diversas. “A fachada sempre avisa de que algo está errado, como bolhas, descascamento. O síndico tem de investigar esses sinais”, diz. Ele explica ainda que mais de 50% das ocorrências em condomínios são relacionadas às infiltrações.
A manutenção preditiva visa analisar em qual estado está a instalação ou equipamento do condomínio. É o tipo de manutenção que ajuda a prever possíveis problemas. Podem-se utilizar softwares de acompanhamento ou medição diária para verificar se o equipamento tem apresentado alguma alteração. Essa forma de manutenção aumenta a vida útil e ainda evita maiores transtornos em toda a edificação.
“Como exemplo, seria indicado o zelador fazer periodicamente a leitura do hidrômetro do prédio, evitando assim um futuro vazamento”, indica o engenheiro Cláudio Skroch.
Mario Felippe destaca que a manutenção preditiva aumenta a vida útil de equipamentos. “A falta de manutenção de boias de abastecimento de água pode acarretar não apenas a falta, mas também inundações vindas de cima para baixo. É uma manutenção simples, mas se for negligenciada pode causar uma dor de cabeça para o síndico”, explica.
A manutenção preventiva deve ser realizada com planejamento do síndico para evitar que alguma instalação venha a apresentar problemas.
“Por exemplo, quando se fala em lavação predial se tem a ideia de a cada dois ou três anos. Pintura, entre cinco e oito. Mas dependendo da agressividade do meio – área próxima do mar, com elevadas variações térmicas ou outras condições especiais, esses prazos podem ser diminuídos. E essa manutenção preventiva costuma ter custos menores que uma corretiva, afinal evita que estruturas sejam afetadas e apartamentos tenham infiltrações “, relata Mário Filippe.
A manutenção corretiva ocorre quando há necessidade de uma intervenção para conserto ou reforma. Por não ser prevista, normalmente pode demandar um rateio extraordinário. De acordo com Mário Filippe, “A manutenção corretiva é comum a condomínios, mas a inspeção predial auxilia a transformá-la em exceção ao longo do tempo”. Como exemplos de manutenção corretiva, temos o retrofit elétrico e hidráulico e a reforma de fachadas.
Por: Jorge Oliveira.